Retirado do livro Pegadas, de Roberto Tranjan, mesmo autor de Metanóia. Em tempo, o livro é de 2005.
Para quem quiser ler esse livro interessante, o mesmo pode ser achado em sebos na faixa de R$ 10.
Teatro do Medo
Muitos líderes, na ânsia de obter resultados, instauram o medo no ambiente de trabalho. O teatro se faz quando, mesmo amedrontados, os atores interpretam papéis de heróis destemidos e audazes.
Teatro do Lixo
Ambientes de trabalho empobrecidos não oferecem as mínimas condições para um bom desempenho. Essa precariedade se estende também aos relacionamentos, em que boa parte das vezes prevalece o anonimato. O teatro se caracteriza nas relações utilitárias em que o ser humano é apenas um ser produtivo.
Teatro das Horas
O cumprimento da carga horária é mais importante que os clientes, os relacionamentos e os resultados. Nesse teatro, as pessoas se comprometem apenas enquanto durar a carga horária contratada, não mais que isso. Basta examinar o estacionamento da empresa às cinco da tarde de uma sexta-feira para constatar o teatro das horas.
Teatro da Alienação
Informações importantes sobre o negócio, as estratégias, o futuro, o resultados e o desempenho são omitidas das pessoas. O teatro se instala quando, mesmo desconhecendo informações básicas, as pessoas trabalham com se soubessem de tudo.
Teatro das Normas
Para comprovar esse teatro é só responder à seguinte pergunta: "entre a necessidade do cliente e a ordem do chefe, por quem seus funcionários optariam?"
Teatro da Impotência
É muito difícil dar o melhor de si numa estrutura vertical e hierarquizada, sob o comando de uma liderança centralizadora e comprimido nos limites do cargo. O teatro da impotência caracteriza-se pelo dispêndio de esforço e pela mostra de dedicação, geralmente inúteis diante desse arranjo organizacional.
Teatro da Anomia
É a ausência de visão de futuro e significado no trabalho. O teatro se faz quando os atores cumprem suas tarefas e se relacionam como se todos soubessem para onde estão indo.
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